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O longo período de estiagem, seguido da redução drástica no nível dos reservatórios das hidrelétricas em Minas Gerais, é dramático.
Autoridades do setor e até o governador Romeu Zema (Novo) já veem como irreversível o risco de colapso no fornecimento de energia elétrica no Estado.
O pior é que este 'apagão' seria duradouro, ou seja, se estender até o próximo ano, pois não haveria soluções aplicáveis a curto prazo para aumentar a capacidade de produção de energia no país.
“A qualquer momento nós corremos risco de ter algumas regiões desabastecidas por energia elétrica. O nosso sistema está operando, hoje, no limite, apesar de todas as usinas termelétricas estarem funcionando”, afirmou Zema, durante o evento que marcou a abertura do Processo de Tombamento dos Lagos de Furnas e Peixoto.
O país passa atualmente pela pior estiagem dos últimos 91 anos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a falta de chuvas já afeta praticamente todos os reservatórios do país, responsáveis por mover as turbinas hidrelétricas.
Em MG, sete das 9 usinas estão com os reservatórios operando com níveis abaixo de 20% da capacidade.
A situação mais crítica é em Marimbondo, com volume atual de apenas 8,76% da capacidade.