Minas Gerais já é uma potência agropecuária. 

Agora, busca também liderar em inovação tecnológica no campo. Foi com esse olhar que a deputada estadual Maria Clara Marra (PSDB) apresentou o Projeto de Lei nº 342/2023, aprovado em 1º turno na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (02/07).

A proposta atualiza o Marco Legal das Startups no Estado, incluindo entre seus objetivos tornar Minas referência na criação de startups voltadas para a agricultura, a pecuária e o extrativismo.

O projeto acrescenta o inciso X ao art. 8º da Lei nº 23.793/2021, deixando explícito que o estímulo à inovação deve alcançar os setores que sustentam historicamente a economia mineira.

O substitutivo aprovado também permite a criação de um fundo estadual com recursos de compensação da mineração, voltado ao financiamento de soluções tecnológicas aplicadas ao campo e ao extrativismo.

As chamadas “agtechs” vêm transformando o dia a dia no meio rural com ferramentas como sensores de monitoramento climático, inteligência artificial na gestão de lavouras, análise de solo em tempo real e plataformas de rastreabilidade.

Também ganham espaço startups que desenvolvem soluções para logística, uso eficiente de insumos e redução de desperdícios. Estimular esse ecossistema é garantir mais produtividade, sustentabilidade e competitividade para quem vive da terra.

“Estamos falando de setores que têm papel decisivo no desenvolvimento do nosso estado. O apoio à inovação no campo é essencial para garantir mais produtividade, sustentabilidade e competitividade aos nossos produtores”, defendeu a deputada.

A proposta também reforça o protagonismo do ecossistema de startups em Minas Gerais, já consolidado em áreas como saúde, educação e tecnologia da

informação, mas ainda em fase de expansão no agronegócio. O projeto segue agora para análise em 2º turno nas comissões da Assembleia.

Minas bate recordes no agro

Em 2024, o agronegócio mineiro movimentou R$ 235 bilhões em Produto Interno Bruto (PIB), crescimento de 10,2% em relação ao ano anterior. O setor também foi responsável por US$ 17,1 bilhões em exportações, ultrapassando, pela primeira vez, a mineração.

Entre os produtos com maior destaque estão o café, que respondeu por quase metade da receita, além de carnes, soja, produtos florestais e ovos.

Minas Gerais representa 22,2% da economia nacional ligada ao agro e se consolida como potência em produtividade, inovação e presença global.