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O Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação dos mandatos de Valdemar Rezende Filho (Prof. Juninho) e Weslen Eustáquio Magalhães, prefeito e vice eleitos de Romaria em 2024, acusados de abuso de poder político.
O pedido também atinge o ex-prefeito João Rodrigues dos Reis, que teria inflado o número de contratações temporárias em ano eleitoral para beneficiar politicamente os aliados.
A ação, movida pela coligação “Juntos para Renovar” (MDB e PSD), aponta que em 2024 foram contratados 200 servidores temporários, contra 111 em 2021, 125 em 2022 e 136 em 2023 — um salto que o MPE classificou como “abusivo”.
Rodrigues ignorou uma decisão judicial que determinava a nomeação de aprovados em concurso de 2016, preferindo manter as admissões temporárias.
Para o promotor Roberto Vieira dos Santos, as contratações próximas à eleição teriam criado um “voto de gratidão”, decisivo em um pleito vencido por apenas 46 votos de diferença.
Testemunhas confirmaram a falta de processo seletivo. Uma servidora disse ter sido contratada diretamente pelo prefeito; outra relatou o aumento repentino de vagas perto da votação.
Além da cassação, o MPE quer tornar o trio inelegível por 8 anos.
O caso está com o juiz eleitoral da comarca de Estrela do Sul, que decidirá se mantém ou não os mandatos.
Da decisão, cabe recurso em instâncias superiores.