O Anexo Alaor Ribeiro de Paiva e o Plenário Ismene Mendes, sedes da Câmara Municipal de Patrocínio, se ilumina de amarelo para marcar a adesão do Poder Legislativo Municipal à campanha mundial “Setembro Amarelo”, de prevenção ao suicídio e pela redução do preconceito que envolve esse tema cercado de muito tabu.
A Lei Municipal nº 5.241 de 13 de Abril de 2021, de autoria do vereador Professor Natanael Diniz, dispõe sobre a criação da Frente Parlamentar em combate e prevenção ao suicídio e autolesão e tem como objetivo de defender e garantir as políticas em defesa da valorização da vida, promover o debate e a defesa dos valores da vida, promover políticas públicas de prevenção a esses tipos de ocorrência, no âmbito do município de Patrocínio.
Setembro Amarelo
A escolha da cor amarela é em memória ao adolescente Mike Emme, que cometeu suicídio aos 17 anos, em setembro de 1994, nos Estados Unidos.
Ele tinha um carro amarelo e, no dia do seu velório, os pais e amigos distribuíram cartões com fitas amarelas e frases motivacionais para pessoas que pudessem estar enfrentando transtornos mentais e emocionais.
Desde então, a campanha “Setembro Amarelo” ganhou repercussão mundial, com ampla cobertura pela imprensa. No site brasileiro da campanha está disponível a cartilha “Comportamento Suicida: Conhecer para prevenir”.
É notória a associação entre o enfoque do noticiário sobre o tema e o aumento ou queda das taxas de suicídio, tanto que esse tipo de ocorrência na maioria das vezes não é sequer noticiado. Fato é que os números assustam.
Segundo dados divulgados no site da campanha “Setembro Amarelo”, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta uma média anual superior a 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, que podem elevar esse número a mais de um milhão de casos.
No Brasil, os registros atuais se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. Entre 2010 e 2019, foram notificadas no Brasil 112.230 mil mortes por suicídio.
Embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, como nos países da Europa, por estudos recentes e avaliação de especialistas, observa-se um aumento das taxas de suicídio em países de média e baixa renda, especialmente nas regiões do Leste Asiático, América Central e América do Sul.
( Alex Guimarães Machado / Ascom CMP )
