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Na sexta-feira (14), o papa Francisco disse que “se pode rir de Deus” e afirmou que o humor “denuncia excessos de poder” e realidades invisíveis, fazendo rir “sem semear alarme ou terror”.
A declaração foi dada durante um encontro com humoristas e atores de comédia de todo o mundo, entre eles os americanos Jimmy Fallon e Chris Rock.
O pontífice defendeu que os comediantes “despertam o senso crítico fazendo as pessoas rir e sorrir”, e “fazem isso contando histórias de vida, narrando a realidade, falando às pessoas sobre grandes e pequenos problemas”.
Segundo Francisco, com essas habilidades “denunciam os excessos de poder, dão voz a situações esquecidas, apontam comportamentos inadequados”.
– O humor não ofende, não humilha, não prende as pessoas aos seus defeitos. Embora hoje a comunicação muitas vezes gere oposições, vocês sabem unir realidades diferentes e às vezes até opostas. Quanto temos que aprender com vocês – falou.
Para o papa, o talento desses artistas é “um dom precioso”, que “ajuda a superar as dificuldades e a lidar com o estresse do cotidiano”. Ele também frisou que “o riso do humor nunca vai contra ninguém, mas é sempre inclusivo, proativo, provoca abertura, simpatia, empatia”.
Francisco observou que “também se pode rir de Deus”, assim como “nós brincamos e nos divertimos com as pessoas que amamos”.
– Isso pode ser feito, mas sem ofender os sentimentos religiosos dos crentes, especialmente dos pobres – ressaltou.
O pontífice deixou ainda uma palavra de agradecimento aos humoristas.
– Obrigado por fazerem as pessoas rirem, e também obrigado por rir de coração.
Francisco pediu que orassem por ele.
– Mas por mim, não contra mim – disse.
*EFE