Belo Hte., 30 de junho de 2021
Caro Zé Eloi Neto
Meu nome é Argemiro Borges Cardoso, resido em Belo Horizonte, e sou bisneto do Cel. Honorato Borges.
Em nome de meus familiares, e no meu próprio, agradecemos sua sensibilidade cívica e cultural ao denunciar atos de vandalismo contra o busto de Honorato Borges, e prontamente acolhida pelo Presidente da Câmara Legislativa do Município.
Sendo você jornalista atento à história de Patrocínio - diga-se de passagem atributo atávico de toda sua conceituada família - sabe que Honorato Borges, quando no final do século XIX e início do século XX, convocado pelos patrocinenses a liderar a comunidade, não titubeou em dar o melhor de suas energias, a maior parcela de seu esforço em prol do desenvolvimento social de Patrocínio.
Antes de ingressar na militância política, sem jamais ocupar qualquer cargo público, formulou duas condições inafastáveis para fazê-lo: a primeira, de que houvesse uma imediata pacificação entre as diversas correntes políticas dominantes; a segunda, da necessidade de uma pronta repressão ao banditismo descontrolado e acintosamente impune, deixando toda a população, urbana e rural, em constante insegurança e sobressalto, desde que as medidas coercitivas necessárias para tal fim, fossem tomadas em observância à lei e à justiça.
Somente após sanadas essas chagas, sempre com a ativa participação e conscientização do civilizado povo patrocinense e as demais lideranças locais, é que foi possível presenciar um progresso econômico, social e político, estável e duradouro, legado de geração a geração, base da atual pujança da Terra Rangeliana.
Assim, pelo seu valor cívico, moral e humano, espírito tolerante e conciliador, o povo de Patrocínio, através de subscrição pública, ergueu aquele busto para ser lembrado e respeitado pela posteridade, perpetuando sua memória, servindo de estímulo à grandeza de Patrocínio, evoluindo e conquistando sempre maior destaque no consenso de todo o Estado de Minas Gerais.