Z•E•N
Produtores rurais de Minas Gerais estão contabilizando os prejuízos causados pelas geadas ocorridas nesta semana.
Há casos, inclusive, de 70% da produção queimada.
Para 2022, a expectativa é que sejam produzidas 4 milhões de sacas de café a menos no Sul de Minas.
"Cada região está levantando quais foram os níveis de estragos, mas são danos que podem comprometer não só a safra do ano que vem. Muitas lavouras são novas, isso vai influenciar as produções de 2023 e 2024”, avaliam pesquisadores da Epamig.
Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), as regiões mais atingidas foram justamente o Sul, Mogiana e o Cerrado Mineiro.
Com o clima mais propício, MG é um dos principais produtores de café do país e do mundo.
No Alto Paranaíba, um dos locais que mais sofreu com a geada foi Patrocínio.
O presidente da Associação dos Cafeicultores da região, Osvaldo Aparecido Ninin, disse aO Tempo que a preocupação é com os pequenos produtores, que em sua maioria não tinham seguro.
HORTIFRUTI
As baixas temperaturas também acertaram em cheio os produtores de hortifruti.
A projeção é de que há risco de desabastecimento nos próximos 3 meses para alguns alimentos.
“Os prejuízos vão começar aparecer daqui uns 20 dias, mas queimou milho verde, feijão, frutas. Onde caiu geada, perdeu.” - sintetizou presidente da Associação dos Produtores de Hortifrutigranjeiros das Ceasas do Estado de Minas Gerais (Aphcemg), Ladislau Jerônimo de Melo
MAIS UMA GEADA
O pesquisador em cafeicultura da Epamig, Marcelo Ribeiro, já alerta que para o fim do mês é esperado mais uma geada.
“A previsão pode mudar, mas a expectativa é que a geada de agora fosse mais fraca e a do dia 30 pode ser mais forte”, afirma.
O preço da saca de café saiu aí da casa dos R$ 850 e neste exato momento está em R$ 1.030.