O viajante caminhava pela estrada, quando observou o pequeno rio que começava tímido por entre as pedras.
Foi seguindo-o por muito tempo. Aos poucos, ele foi tomando volume e se tornando um rio maior. O viajante continuou a segui-lo.
Bem mais adiante, o que era um pequeno rio se dividiu em dezenas de cachoeiras, num espetáculo de águas cantantes.
A música das águas atraiu mais o viajante, que se aproximou e foi descendo pelas pedras, ao lado de uma das cachoeiras. Descobriu, finalmente, uma gruta.
A natureza criara com paciência caprichosa, formas na gruta. Ele a foi adentrando, admirando sempre mais as pedras gastas pelo tempo.
De repente, descobriu uma placa. Alguém estivera ali antes dele. Com a lanterna, iluminou os versos que nela estavam escritos. Eram versos do grande escritor Tagore, prêmio Nobel de literatura de 1913:
"Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção. Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.”
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A vida nos apresenta, o tempo todo, desafios e obstáculos a serem enfrentados.
Lutamos contra nossas próprias limitações, nossa frágil autoconfiança e a necessidade de corresponder, não apenas às nossas próprias expectativas, como aquelas que as outras pessoas alimentam a nosso respeito.
É possível lidar com essas dificuldades da vida com mais leveza e suavidade.
Às vezes, colocamos tanto peso nas coisas corriqueiras que, sem perceber, vamos nos tornando pessoas rabugentas, que já parecem ter vivido uma existência inteira entre lamúrias e dias de tempestade.
Reclamamos do sol, da chuva, das estações do ano, das palavras ditas na voz do outro, e criamos uma sucessão de inimigos imaginários, que rapidamente levam embora a nossa paz e principalmente a nossa leveza.
Uma vida mais leve ou mais pesada tem a ver com a forma com que escolhemos ver e encarar os acontecimentos em nosso dia a dia.
A felicidade é um subproduto da criatividade!
Estamos eliminando as pausas da nossa vida. Esse parar para pensar não existe mais.
Por isso, bato mais uma vez naquela tecla do autoconhecimento.
Autoconhecimento é essencial para moldarmos nossa maneira de seguir em frente.
“Deixar-se ir junto com a vida, sem tentar fazê-la ir para algum lugar, sem tentar fazer com que algo aconteça, mas simplesmente ir, como o rio. Não apresse o rio – ele corre sozinho.” - Barry Stevens
Danilo Jaber Barbosa, Psicoterapeuta e Hipnoterapeuta Clínico à sua disposição!