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De forma didática, rápida, sintética e direta - sem devaneios tolos nem embromation society -, o legendário comunicador rangeliano Luiz Antonio Costa explicou aspectos que permeiam a possível transformação do Clube Atlético Patrocinense em SAF na sua Rede Hoje.
É altamente recomendável a leitura, uma vez que várias dúvidas sobre o processo ainda incomodam, pairam no ar toda vez que o assunto é levado em tela.
“Uma coisa é certa: se for inevitável a transformação do clube em empresa, todos querem que o Patrocinense não mude de nome, que permaneçam as cores, hino, mascote e mais que tudo: que o CAP permaneça em Patrocínio.” - observa LACosta de forma pontual.
Leia, abaixo, ou clique AQUI para acessar o texto na Rede Hoje:
SAF. CAP CAMINHA A PASSOS LARGOS PARA SE TRANSFORMAR EM SOCIEDADE ANÔNIMA DE FUTEBOL, MAS DEVE TER CAUTELA
Torcedores pedem ao Conselho Deliberativo do CAP que aja com responsabilidade: estudem bem o que está sendo proposto e o que vai ser feito.
Da redação da Rede Hoje
Membros do grupo ARM Mentoria Jurídica e Premier Sports estiveram em Patrocínio nesta segunda-feira (17/7) para um encontro com o presidente do Patrocinense Roberto Avatar (Tatá), o secretário de Esportes Mauro Nogueira e o prefeito Deiró Marra, onde expuseram o desejo de assumir a SAF (Sociedade Anônima de Futebol) do Clube Atlético Patrocinense que seria transformado num clube empresa.
Do encontro participaram também o coordenador político do governo, Ivanderlei Santos (Deley Despachante) e representantes das empresas Rafael Junguer, Douglas Amaral, Fred Faria, Júnior Augusto e Bruno Kanela.
É necessária a transformação do clube em SAF?
A Rede Hoje entende que sim, no futebol moderno não existirá espaço para os clubes sociais no futebol que já foi transformado em negócio. E como todo negócio pode ser bom ou ruim, bem gerido ou mal gerido. Então é sim, necessário que os conselheiros estejam atentos.
O prefeito pode decidir?
Não. Ele pode fazer o que está fazendo, conversar, ouvir, mas, sempre acompanhado de alguém do CAP, no caso, o presidente, que responde pelo clube e que só vai aceitar a negociação em termos que não prejudiquem o próprio clube e a cidade, pois o Clube Atlético Patrocinense é um bem imaterial da cidade de Patrocínio.
Mauro Henrique Nogueira, secretário de Esportes (que é um batalhador pela causa do CAP), divulgou à imprensa que foi “uma reunião inicial, ainda embrionária, pois há um longo caminho jurídico a ser traçado e percorrido, como, por exemplo, parcerias a serem firmadas, estratégias, mas, sobretudo, quanto ao processo de captação de investidores de peso (saber quem são), que realmente convençam que mudar o CAP de modelo de gestão é benéfico para nosso Clube de coração, com mais de meio século de história”.
Torcedores
Os torcedores do Patrocinense estão divididos. Muitos favoráveis, mas também muitos contrários. Isso pode ser notado claramente nas discussões dos grupos de torcedores no Whatsapp. Pedem ao Conselho Deliberativo do CAP que aja com responsabilidade, estudem bem o que está sendo proposto e o que vai ser feito, tanto positivo quanto negativo.
Uma coisa é certa: se for inevitável a transformação do clube em empresa, todos querem que o Patrocinense não mude de nome, que permaneçam as cores, hino, mascote e mais que tudo: que o CAP permaneça em Patrocínio.
Cláusula pétrea
Tudo isso deve constar no documento de constituição da SAF como uma espécie de cláusula pétrea, ou seja, um dispositivo imutável, que não pode ser alterado nem mesmo pela via judicial. O objetivo é impedir inovações em assuntos cruciais para o clube.
O que dizem os especialistas
Após escândalos de corrupção, as empresas brasileiras têm priorizado a implementação de programas de compliance que contribuam para uma gestão mais transparente e eficaz. Até mesmo os clubes de futebol têm adotado as normas de compliance como forma de evitar fraudes.
Inclusive, o compliance já é uma exigência de algumas empresas patrocinadoras dos times de futebol, para fazer cumprir as normas legais e regulamentares, políticas e diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades, bem como evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade que possa ocorrer.
Em entrevista ao portal IG, em 14 de abril de 2019, o advogado especialista em Direito Desportivo Mauricio Corrêa da Veiga, do Corrêa da Veiga Advogados, explica que o futebol pertence à iniciativa privada. Ele ressalta, no entanto, que isso não significa que os gestores têm carta branca para agirem da forma que desejarem.
"Eles têm que seguir regras de comportamento e de conduta. Embora a autonomia dos clubes de futebol, dirigentes e entidades de administração do desporto esteja assegurada na Constituição Federal, o futebol é algo que está relacionado à paixão do povo brasileiro e por se tratar de patrimônio imaterial, é necessário que haja a implementação dessas regras de compliance", ressaltou o especialista.