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A deputada estadual Maria Clara Marra voltou a se manifestar sobre dois temas que têm mobilizado motoristas de toda a região: a intervenção na MG-188 e a possível instalação de pedágio no trecho Patrocínio-Patos de Minas da BR-365.
Em entrevista à mídia local, a parlamentar reforçou posições firmes e cobrou mais responsabilidade do Estado na condução das obras e das concessões rodoviárias.
MG-188 passa por “reconstrução total”, afirma deputada
Sobre a MG-188, Maria Clara destacou que a rodovia está finalmente recebendo o tipo de obra que a região aguardava há anos. Segundo ela, o serviço em andamento não é um simples reperfilamento, mas uma intervenção estrutural completa.
A parlamentar explicou que está sendo feita a remoção total da base antiga, seguida da instalação de uma usina de CBUQ – o asfalto utilizado na pavimentação moderna das rodovias.
“É uma reconstrução de verdade”, afirmou. Com a nova malha viária, a deputada acredita que os usuários terão, enfim, condições adequadas de segurança e trafegabilidade.
Pedágio na BR-365: disputa judicial continua
Quando o assunto muda para a BR-365, o tom da deputada é de alerta e resistência. Maria Clara Marra lembrou que, desde o início do mandato, trava uma batalha judicial contra o modelo de pedágio implementado no Estado.
Ela lembrou sua oposição ainda no antigo Lote Triângulo (Patrocínio/Uberlândia), quando, segundo afirmou, tentou criar diálogo com o governo para remodelar as tarifas, sem sucesso.
“Estamos falando de um dos pedágios mais caros não só de Minas, mas do país, num trecho que até hoje é pista simples”, criticou. Diante do impasse, disse ter sido obrigada a acionar a Justiça e o Ministério Público Estadual e Federal.
Free flow entre Patrocínio e Patos – deputada reforça objeção
Quanto ao lote 10, que inclui o trecho Patrocínio-Patos de Minas, a deputada confirmou que a minuta do edital já foi apresentada, mas contestou informações disseminadas nas redes.
“Foi espalhada uma fake news dizendo que haveria pedágio entre Patrocínio e Guimarânia. Isso não existe na minuta. Muito pelo contrário, a ligação entre as duas cidades foi preservada” – explicou.
Apesar disso, Maria Clara afirmou que a proposta apresentada pelo governo continua problemática. O pedágio previsto ultrapassa R$ 9 na tarifa base, semelhante ao modelo criticado no contrato de 2020, que também previa início tardio das obras de duplicação.
Segundo ela, o edital permite que a concessionária se capitalize antes de realizar os investimentos, o que considera inaceitável. “Para nós, que somos usuários, não faz sentido pagar pedágio antes de desfrutar do benefício da duplicação. E é essa luta que estamos travando” – concluiu.
Com posicionamento firme, a deputada patrocinense reforça que continuará questionando judicialmente e politicamente o modelo de concessão, defendendo obras efetivas antes de qualquer cobrança aos motoristas.