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O PL de Jair Bolsonaro intensificou as articulações com o vice-governador Mateus Simões (PSD), pré-candidato ao governo de Minas. A aproximação ganhou força nos últimos dias e colocou o pessedista no centro das negociações para unir a direita no estado.
O presidente do PL mineiro, Domingos Sávio, chegou a chamar Simões de “governador” em um evento na quinta (13). Já o deputado Nikolas Ferreira, antes cotado para liderar uma chapa ao Executivo, voltou a sinalizar alinhamento ao vice-governador.
Na segunda (17), os dois anunciaram juntos uma emenda de R$ 1 milhão para a PMMG – mais um gesto de parceria após outras ações coordenadas no mês anterior.
Segundo aliados de Bolsonaro, o foco para 2026 é apoiar quem tiver real chance de vencer e chegar ao Palácio Tiradentes. A possibilidade de Nikolas encabeçar a chapa perdeu força: ele e lideranças do PL preferem compor, seja indicando o vice ou concorrendo ao Senado. Nesse cenário, o grupo de Simões saiu na frente.
Para o PSD, o apoio do PL é estratégico: a maior bancada da Câmara garante tempo de TV suficiente para expandir a exposição de Simões e apresentá-lo melhor ao eleitor mineiro.
Recentes pesquisas apontam que quem mais tem recall é o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos), mas seu nome pode sofrer desgaste devido às investigações envolvendo Euclydes Pettersen, presidente estadual do partido e seu principal articulador.
Cleitinho, inclusive, tentou se reunir com Nikolas várias vezes, mas não obteve sucesso.