Z•E•N
Questionado sobre a revitalização da Praça Honorato Borges – reivindicação antiga de moradores e comerciantes do entorno e da população em geral -, o secretário de Obras Thiago Malagoli se mostrou insatisfeito e desapontado.
Ao repórter Jânio Luiz Lucco, da Módulo FM, o titular da SEMOP desabafou sobre as dificuldades em aproveitar de forma mais moderna, acessível e segura aquele espaço público. E o problema tem nome, chama-se Conselho Municipal do Patrimônio Histórico.
“Gostaríamos de fazer mais, modernizar aquele ambiente, mas infelizmente a praça é tombada e o patrimônio histórico não permite que se faça uma remodelação, uma arquitetura diferente… então, infelizmente, nós vamos ter que revitalizar daquela forma que está lá… com aqueles bancos, os jardins… Não podemos nem podar as árvores. Na minha opinião, alí deveria mudar muita coisa para atender melhor a sociedade, o cidadão de bem. Aquele que quer frequentar a praça, mas não se sente seguro.” – disse.
Segundo Malagoli, toda e qualquer mudança tem que passar pelo crivo do patrimônio histórico, “É uma questão bastante burocrática essa do tombamento e que, na minha opinião, não ajuda em nada… não ajuda com o financeiro, não resolve o principal problema, coloca um milhão de metas e nem para acompanhar as obras, auxiliar, não se apresentam… mas se houver alguma mudança lá, temos certeza absoluta que fazem a notificação, a denúncia e a representação. Infelizmente, a legislação é dessa forma.” – lamentou.
Opinião
Na história social rangeliana, a Praça Honorato Borges é reconhecidamente um dos logradouros mais importantes e históricos do município, mas também o mais tenebroso e esquecido pelo poder público.
Erguido na região central da cidade e point da juventude rangeliana nas décadas de 80/90, o logradouro envelheceu mal, enquanto seu entorno se moderniza, recebendo investimentos comerciais de grande porte.
Sendo assim (e assim sendo), a Praça Honorato Borges mereceria um projeto mais moderno, arrojado, acessível e principalmente seguro, de acordo com as exigências atuais, valorizando o seu entorno.
Autorizar uma necessária revitalização na Praça para tudo continuar do mesmo jeito, é (no mínimo!) um contrassenso, um desrespeito com a população patrocinense economicamente ativa e, principalmente, com os moradores, comerciantes que circundam o local e com os cidadãos de bem que querem fazer uso da Praça – mas que cada vez mais se afastam dela…
Uma pena… Mas no sentido de penalizar o cidadão de bem, aquele que paga rigorosamente em dia os seus impostos!