O prefeito de São Gonçalo do Abaeté, Fabiano Lucas, resolveu falar o que muitos gestores pensam, mas poucos dizem em público.
Em vídeo divulgado nas redes sociais nesta terça-feira (23/12), ele criticou os altos cachês cobrados por artistas em eventos financiados com dinheiro público e alertou que os valores estão inviabilizando o planejamento das festas de 2026.
Fabiano citou cachês que chegam a R$ 500 mil, R$ 600 mil e até R$ 1 milhão por apresentação, classificando os números como fora da realidade dos municípios. Para Lucas, esse tipo de gasto ultrapassa o limite do bom senso quando envolve recursos públicos.
O chefe do Executivo defendeu que os prefeitos se unam, por meio da Associação Mineira de Municípios (AMM), para discutir o tema e buscar alternativas.
Ele também lembrou que o Ministério Público já tem atuado para barrar shows considerados incompatíveis com a realidade orçamentária das prefeituras.
Ao reconhecer a importância dos eventos para a população, Fabiano foi enfático ao afirmar que é preciso estabelecer limites. “Os valores saíram do controle” – resumiu.
No fim das contas, o recado do prefeito de SGA é claro: festa é importante, mas o caixa das prefeituras não é palco para cachê milionário.
Apenas para efeito de informação e registro, a Fenacafé 2026 teve sua programação de shows divulgada recentemente.
No total, serão gastos R$3,3 milhões com a contratação de Gusttavo Lima (R$ 1.600.000,00); Nattan (R$ 700.000,00); Murilo Huff (R$ 600,000,00) e João Bosco & Vinicius (R$ 400.000,00).