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O veneno da aranha-armadeira (Phoneutria sp), também conhecida como aranha-da-bananeira, é perigoso e pode matar, mas tem outra função curiosa.
A toxina pode causar ereções que duram até duas horas em adultos e até mais tempo em crianças.
O priapismo, como é chamado o quadro de ereção involuntária e persistente, pode ser causado pela picada de outras espécies e escorpiões, e geralmente acontece em casos graves.
O veneno da aranha-armadeira, especificamente, é estudado pela indústria farmacêutica como uma opção aos medicamentos para tratar a impotência sexual.
As aranhas-armadeiras vivem nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Elas se escondem durante o dia dentro de plantas como bromélias, debaixo de folhas de plantas ou troncos caídos e em palmeiras.
Porém, como o avanço das cidades e derrubada das florestas, elas podem ser encontradas em madeiras empilhadas, tijolos e telhas, além de sapatos, roupas e móveis.
Durante a noite, elas saem para caçar insetos e usam emboscadas para capturar as presas.
O veneno da aranha-armadeira
O veneno do aracnídeo age no sistema nervoso da presa, causando dor.
Em humanos, os sintomas mais comuns são a formação de edemas, eritema, dor irradiada, sudorese, contrações espontâneas dos músculos e formigamento.
Em quadros graves, o paciente pode ter hipertensão, taquicardia, vômitos, produção excessiva de saliva, arritmia, edema pulmonar e choque, além do priapismo.
O tratamento é feito com soro antiaracnídeo — o líquido especial para a aranha-armadeira é produzido pelo Butantan.
Entre 2019 e 2023, 23.868 casos de pessoas picadas pelo aracnídeo foram registradas no Brasil. O país registrou 13 mortes causadas pela aranha-armadeira no período.