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Reportagem do portal de notícias G1 ouviu especialistas para saber o que acham sobre o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras contra a Covid-19, tanto em espaços abertos quanto em locais fechados, como decidiu o comitê técnico nesta segunda-feira, 7.
Eles dizem que é preciso ter cautela com o cenário epidemiológico e que, mesmo em espaços abertos, há casos em que o cuidado precisa ser mantido.
“Temos que pensar em comportamentos de menos riscos, não locais”, define Beatriz Klimeck, doutoranda em Saúde Coletiva na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) por trás da página "Qual Máscara?".
Em quais situações é seguro deixar de usar máscaras?
“Menos de 1% dos eventos de transmissão ocorrem ao ar livre. Nessa ótica, faz sentido [a liberação das máscaras em espaços abertos]”, diz Vitor Mori, pesquisador na Universidade de Vermont e membro do Observatório Covid-19 BR. Contudo, Mori explica que a questão não é apenas flexibilizar.
Ele ressalta que é preciso uma comunicação mais efetiva do poder público e cobra que haja uma exigência com mais rigor do uso de máscaras em locais fechados. "Todo gestor está em busca disso [dessas flexibilizações], mas precisamos reforçar que ao ar livre não é risco zero”, acrescenta.
Quando temos uma situação com pessoas aglomeradas, falando próximas umas às outras, em um grande evento como um show ou um jogo de futebol, por exemplo, por mais que o risco seja pequeno (menos de 1%), esse índice aumenta por causa da quantidade de pessoas, argumenta Melissa Markoski, professora de Biossegurança da UFCSPA e membro da Rede Análise Covid-19.
“Então, mesmo o risco sendo baixo, se temos mais pessoas conversando, por mais tempo, próximas umas às outras, você acaba permitindo a transmissão do vírus se não tivermos a barreira da máscara", afirma Melissa.
O que é uma aglomeração?
Mori explica que um problema na avaliação de riscos em espaços onde há aglomerações é que esse é um conceito muito abstrato. Ele ainda acrescenta que, embora a premissa "quanto mais pessoas, mais riscos" esteja correta, o fato de ter muita gente num determinado local aberto não faz com que o risco seja equivalente ao de um espaço fechado.
"Às vezes a gente tem a impressão de que quando vemos muita gente, temos uma aglomeração, mas não necessariamente isso é um contexto de risco tão grande assim", diz.
"Aconteceu muito no começo da pandemia, com aquelas imagens de praias, locais abertos, bem ventilados, onde o ar circula bem. As pessoas falavam, isso é uma aglomeração. Não, é um ambiente aberto, e o risco é bem menor".
Quando ainda devo me preocupar com o risco de contaminação e devo continuar usando máscaras?
Os especialistas ainda defendem que espaços fechados e com alta densidade de pessoas exigem o uso de máscaras. Mesmo nos EUA, onde houve liberação em regiões com bons indicadores, o governo federal exige o uso de máscaras em aviões, trens e outras formas de transporte público.
Carlos Zárate-Bladés, imunologista e pesquisador do Laboratório de Imunorregulação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ressalta que é preciso levarmos em conta que não existe um lugar “seguro”, mas sim uma forma de exposição que oferece menos riscos.
Ele explica que, como o vírus se espalha por microgotículas que são exprimidas por nós quando falamos e respiramos, quando o ambiente é fechado elas podem ficar por até duas horas no ar, tempo suficiente para serem inaladas por outra pessoa.
Já em ambientes abertos, onde há a circulação de ar, a contaminação é mais difícil. "Se é um ambiente que as pessoas conversam muito, se é um ambiente que estimula o aumento da taxa de frequência respiratória, como academias, por exemplo [temos uma zona de maior risco]", diz Markoski.
A questão toda tem a ver com o distanciamento, o período de exposição e o índice de vacinação, avaliam os especialistas.
Já Klimeck, especialista em Saúde Coletiva, faz um alerta sobre outros espaços que exigem atenção. "O ideal é pensarmos não apenas no lugar aberto que você vai frequentar, mas no trajeto até lá. Você vai passar por um elevador no seu prédio? Vai passar no mercado. É sempre bom levar em consideração toda a situação", diz.
Existem pessoas que ainda devem usar máscaras 100% do tempo?
O imunologista Zárate-Bladés ressalta que políticas gerais de saúde como a liberação das máscaras englobam a maioria dos casos, mas que é preciso uma avaliação particular de riscos. "Precisamos ser precavidos. Se você tem comorbidades, fale com seu médico, para ver se ele libera você mesmo em ambientes abertos", diz o imunologista Zárate-Bladés.
Markoski explica que algumas pessoas imunossurpimidas (pessoas com câncer, HIV, transplantados e outros com o sistema imune fragilizado) mesmo completamente vacinadas, não possuem um resposta tão desejada para a vacinação, por não possuírem uma memória imunológica tão efetiva.
A bióloga acrescenta que essas pessoas com comorbidades e também aquelas com obesidade não devem abolir o uso das máscaras mesmo em ambientes abertos porque o risco da contaminação é maior nesses casos. "Então essas pessoas precisam evitar a contaminação. E para elas fazerem isso, ela precisa continuar apostando também nas medidas não farmacológicas", diz.
"A gente sabe menos a respeito sobre a eficácia das vacinas nessas pessoas. A pessoa continuar se protegendo é bom. É um pouco chato, isso. Mas é preciso", acrescenta Zárate-Bládes
Quando deve acontecer a liberação em ambientes fechados?
Na Inglaterra, desde o início de janeiro a máscara não é mais obrigatória, seja em espaços fechados ou abertos. Fora isso, o governo também anunciou que o passaporte de vacinação para eventos com grande público não será mais exigido. Países como Suíça, Lituânia, Dinamarca e Áustria também anunciaram flexibilizações do tipo nas últimas semanas.
“Se alguma flexibilização é possível, é ao ar livre”, defende o pesquisador Victor Mori. Para o especialista, os ambientes fechados deveriam ser os últimos a serem flexibilizados.
Ele explica que a grande maioria dos eventos de transmissão ocorrem nesses locais e que identificar a circulação do vírus nessa situação é difícil, pois, por exemplo, são raros os espaços fechados que utilizam equipamentos de monitoramento de CO2 (aparelhos que indicam a baixa circulação do ar e maior risco de permanência de aerossóis).
Fora isso, Melissa Markoski cita outros cenários de preocupação, como a lenta taxa de vacinação na África e na Índia e o fato de que as variantes do novo coronavírus tendem a surgir entre as pessoas não vacinadas.
"Eu acho que vai demorar bastante ainda. Precisamos esperar esse comportamento pós-Carnaval, observar se até o início de abril os índices vão cair e se nesse meio tempo não irá surgir nenhuma variante de preocupação no mundo", diz.
Aliado a isso, Beatriz Klimeck argumenta que a retirada do uso de máscaras em qualquer espaço envia uma mensagem de que estamos num momento de menos risco, o que, para a pesquisadora, é preocupante.
“A única medida preventiva que temos para a Covid-19 é o uso de máscaras. E estamos nessa corrida para liberar uma medida que é bastante efetiva e pouquíssimo custosa para a população”, diz Klimeck.
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O boletim Covid-19 emitido nesta terça (08) pela SMS, mostra que, desde o início da pandemia, 14.626 pessoas foram contaminadas pela doença no município.
Na média móvel dos números, Patrocínio registrou 3 novos casos de contaminação pela Covid-19 nas últimas 24h
A cura já chegou a 14.347 pessoas, 3 registros de ontem para hoje; o percentual de cura registrado é de 98,09%.
O número de ‘ativos’ caiu para 35 casos, um decréscimo de 1 caso nas últimas 24h. Não há pacientes figurando no rol de 'suspeitos'.
Nos casos de síndrome gripal, 130 pacientes estão sendo monitorados, um aumento de 34 casos nas últimas 24h.
A nota triste é que mais 1 óbito pela Covid-19 foi registrado, elevando para 244 o número de vítimas da doença em Patrocínio.
Na enfermaria da Santa Casa, apenas 1 dos 21 leitos disponíveis estão ocupados, enquanto na UTI Covid, todos os 10 leitos disponíveis estão vagos.
No Hospital MedCenter, 1 dos 8 leitos disponíveis na enfermaria e também 1 dos 4 leitos disponíveis na UTI Covid-19 estão ocupados.
No setor de internação do Pronto Socorro Municipal, tanto os 16 leitos da ‘urgência’ quanto os 14 leitos da ‘emergência’ estão vagos.
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Em nota publicada em suas redes sociais, o Sindicato dos Produtores Rurais de Patos de Minas anunciou a não realização da Fenamilho 2022.
O texto justifica que a terra do milho “ainda sofre com os efeitos pós-pandemia do Covid e com os problemas causados pelas chuvas.”
“Não há clima de festa. O clima mundial também é de tensão. Os riscos são muitos, e o maior deles é a nossa vida.” - registra a nota.
Abaixo, a íntegra do comunicado.
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Pesquisadores norte-americanos descobriram que o consumo diário de álcool, mesmo em pequenas quantidades, pode afetar a estrutura e o tamanho do cérebro.
O costume ‘inofensivo’ pode acelerar o processo de envelhecimento do cérebro, segundo dados do estudo com pessoas entre 40 e 69 anos, diz estudo publicado na revista científica Nature Communications.
Segundo os pesquisadores, não consumir álcool ou beber apenas uma unidade por dia desencadeia pouca ou nenhuma alteração no volume do cérebro.
No entanto, passar de uma para duas ou três unidades já pode reduzir tanto a substância cinzenta quanto a branca.
Em pessoas com 50 anos ou mais, por exemplo, o consumo diário de uma lata de cerveja ou de uma taça de vinho (duas unidades) pode acelerar o envelhecimento do cérebro em dois anos.
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O Tribunal de Justiça de Minas Gerais autorizou nesta segunda (07) a retomada de forma integral das atividades presenciais nas unidades administrativas e judiciárias em todo o estado.
Com isso, o Fórum da Comarca já está funcionando normalmente
Audiências e sessões de julgamento
As audiências e sessões de julgamento poderão ser realizadas na forma presencial.
O magistrado competente poderá determinar a realização do ato por videoconferência, observada a legislação de regência.
Fica mantida a realização, por videoconferência, das audiências e sessões de julgamento que tenham sido designadas neste formato até a data da publicação da Portaria Conjunta 1.340/2022, disponibilizada no DJe de 4/3.
Acesso e circulação
Para acesso e permanência nas dependências do Tribunal, serão obrigatórias as seguintes medidas de segurança sanitária para prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão da COVID-19, em ambientes de trabalho:
- uso de máscara em boas condições, limpa e sem rupturas, bem ajustada ao rosto, cobrindo corretamente a boca e o nariz;
- distanciamento mínimo de um metro entre as pessoas e redução de contato pessoal entre o público interno e externo;
- higiene frequente das mãos, com água e sabonete ou álcool a 70%;
- manutenção da etiqueta respiratória, utilizando-se lenço descartável para higiene nasal, cobrindo o nariz e boca ao espirrar ou tossir e higienizar as mãos;
- prioridade para a ventilação natural nos ambientes de trabalho e áreas comuns;
- limitação da capacidade dos elevadores, de acordo com as diretrizes divulgadas pela Gerência de Saúde no Trabalho - GERSAT.
Contratações
Considerando-se os critérios para realização de seleção pública, fica prorrogada, por 120 dias, a permissão para contratação temporária de estudantes de graduação e pós-graduação, pelo prazo de 1 ano, e de juízes leigos, pelo prazo de 2 anos.
Serviços notariais e de registro
Fica estabelecida a retomada integral do atendimento presencial nos serviços notariais e de registro do estado de Minas Gerais, a partir da vigência da Portaria Conjunta 1.340/2022.
A Portaria Conjunta 1.340/2022 foi disponibilizada no DJe de 4/3/2022.
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O Governo Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Obras Públicas, iniciou nesta segunda-feira (07) a instalação de um novo sistema de drenagem na Avenida Dr.Walter Pereira Nunes.
O serviço, que está sendo realizado no trecho entre a Praça Rotary Internacional (Rotatória do Bairro Morada Nova) e a rotatória da Rua José Feliciano, irá melhorar o escoamento de águas pluviais no local, garantindo a segurança para quem trafega pela via e aumentando a vida útil do novo asfalto que será aplicado.
A informação é da ASCOM/PMP.
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Publicado na manhã desta terça (08) no DOMM, o Decreto 4034, que desobriga o uso de máscaras tanto em ambientes abertos (e também fechados, desde que sejam ‘grandes’) em Patrocínio.
O Artigo 1º Decreta: Fica desobrigado o uso de máscaras em ambientes abertos tais como praças, ruas, avenidas, campos de futebol, estádios, quadras esportivas abertas e similares mantendo-se recomendado o uso de máscaras em ambientes fechados, transportes públicos e áreas hospitalares sensíveis.
Parágrafo Único: Fica desobrigado o uso de máscaras em grandes ambientes fechados desde que possuam grande grau de ventilação e sejam amplamente arejados como academias, templos, igrejas e estabelecimentos análogos.
A publicação libera em 100% a ocupação de espaços como cinema, teatro, boates, festas com vendas de ingresso e bilheteria, serestas em clubes sociais, salões de festa, igrejas, templos religiosos e afins, no âmbito público e privado.
O novo decreto libera hipermercados e similares da utilização de termômetros infravermelhos para aferição de temperatura.
“Nos velórios, fica permitida a visitação e permanência de 100% (cem por cento) da capacidade de ocupação por sala.” - diz o Decreto.
Será mesmo o fim da pandemia..?
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Durante a ordinária desta terça (08), o vereador Ricardo Balila (PODE) vai inovar no quesito ‘denominação de espaço público’ na Casa de Leis rangeliana.
De sua autoria, o processo de Lei nº 405/2022 tem por objetivo denominar de ‘Arena do Índio’ o campo de futebol localizado no Bairro Carajás.
Nada contra - afinal o bairro tem dois times com nomes de tribos indígenas, Carajás e Ubirajara - mas o problema é que a praça esportiva há anos já tem um nome.
Se chama Kléber Guarda (Kebinha) em homenagem a este folclórico desportista patrocinense.
O pior é que, caso seja aprovada, a matéria em tela abre um novo (e perigoso) precedente no Legislativo municipal do município de Patrocínio.
Dá oportunidade aos demais vereadores de colocar uma segunda denominação (ou 'apelido') àquilo que já foi batizado anteriormente: a média da média!
Seria cômico se não fosse trágico, irritante e (convenhamos) bastante desrespeitoso…