O Colégio foi fundado oficialmente em 15 de fevereiro de 1927
E.E.Dom Lustosa – Eterna e Moderna
A Escola Estadual Dom Lustosa completa hoje, 15 de fevereiro seus 96 anos. Em contagem regressiva para seu centenário, o educandário sempre foi referência em ensino em nossa cidade.
Com toda sua estrutura física histórica e imponente, é a maior e mais tradicional escola da cidade, contando atualmente com um total de aproximadamente 1000 alunos divididos em três turnos: manhã, tarde e noite, oferecendo desde o Ensino Fundamental II, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Curso técnico em Administração.
A atual diretoria é composta pelo diretor Wender Rodrigo Ferreira e pelos vice-diretores: Alessandro Henrique Teixeira, Aline Silva Santos e Rodrigo Oliveira Nunes. Tendo aproximadamente 90 professores, 8 auxiliares de secretaria, 4 especialistas educacionais e 17 auxiliares de serviços básicos.
Sua fanfarra é a maior de toda a região, forte e impactante, estremece as ruas em suas apresentações nos desfiles cívicos. É sempre a fanfarra mais aguardada e sempre gera grandes expectativas em todas as suas apresentações.
E a cidade de Patrocínio se orgulha e tem conhecimento do bem que o Dom Lustosa proporcionou e continua proporcionando à sua gente, na formação de seus jovens, história esta que ficará gravada nos anais da própria história da cidade de Patrocínio. Seus ex alunos sempre compartilham suas lembranças e marcantes recordações deste lugar que já acolheu uma grande parte da população patrocinense. Seus ex- professores e também atuais são referência no processo ensino-aprendizagem e vivenciam com brilhantismo o êxito dos seus alunos nos resultados em vestibulares de Universidades Federais e sucesso dos profissionais já formados pelo educandário.
A história da escola têm início da década de 1920 novas concepções religiosas chegaram em Patrocínio, isto gerou grande preocupação nas tradicionais famílias católicas que governavam a cidade.
Patrocínio naquela época pertencia a Diocese de Uberaba, Dom Antônio de Almeida Lustosa iniciou um processo para trazer padres da Congregação dos Sagrados Corações (de origem holandesa) para administrarem o Santuário Episcopal de Nossa Senhora d’Abadia de Água Suja (atual Romaria) e fundarem escolas católicas em Araguari e Patrocínio.
Durante uma visita em 1925, o bispo Dom Antônio de Almeida Lustosa, encontrou-se com famílias abastadas de Patrocínio, e imediatamente, se organizou uma comissão de que faziam parte os coronéis João Cândido de Aguiar, Elmiro Alves do Nascimento, Tobias Machado, Nelson Caixeta de Queiroz, José Pedro de Paiva e Joaquim Cardoso Naves, comissão esta que se comprometeu a conseguir o prédio para o futuro estabelecimento.
O imóvel foi comprado da família do senhor Marciano Hilário Ferreira Pires, situado na Rua Afonso Pena. O prédio foi entregue em 11 de dezembro de 1926 e logo, a 17 de dezembro de 1926, os padres Gil Van Boogaart e Matias Van Rooij chegaram em Patrocínio.
A oligarquia patrocinense estava cada vez mais convencida da necessidade da educação de seus filhos. Empenhada em atender a necessidade de uma escola cristã, cuja filosofia de vida pudesse orientar os educandos nos caminhos da justiça e da verdade, levando-os a atingirem seu desenvolvimento integral, ela se encarregou de junto ao poder público municipal, viabilizar rapidamente a instalação do colégio.
No dia 20 de janeiro de 1927, foi aberto o período de matrículas para o futuro educandário masculino católico. O colégio recebeu o nome de “Dom Lustosa” em homenagem ao bispo da diocese de Uberaba Dom Antônio de Almeida Lustosa, que tanto atuou para que este sonho fosse concretizado.
O Colégio Dom Lustosa foi inaugurado em 15 de fevereiro de 1927. O ano letivo iniciou com 57 alunos, e a direção confiada ao Padre Matias. Sob o regime de internato, semi-internato e externato, logo o colégio encheu-se de alunos; e até das cidades, algumas bem distantes e de difícil acesso, aqui aportavam os jovens, sedentos de aprender e de aprimorar seus conhecimentos.
Idealizou-se a bandeira da escola: estampada em tecido branco, uma ave de asas abertas e a legenda “SUB UMBRA ALARUM TUARUM”, OU SEJA, “SOB A SOMBRA DAS TUAS “.
Após ser reconhecida a importância do Dom Lustosa pela região do Alto Paranaíba e do Triângulo Mineiro, e, ser glorificado pela Secretária do Interior do Governo de Minas, o desejo do Colégio Dom Lustosa passava a se equiparar ao Colégio Pedro II, do Rio de Janeiro (o melhor do país). Para isso, a comitiva, sob a liderança do professor Alceu de Amorim, rumou de trem para Belo Horizonte. E de lá, também por trem, para a capital federal (na época era a cidade do Rio de Janeiro). Isso nos dias 23 e 24 de janeiro de 1930.
Em março de 1930, Alceu de Amorim retornava ao Rio para continuar os entendimentos da equiparação. Em maio, Padre Matias van Rooij respondeu ao telegrama do Departamento Nacional do Ensino (DNE), aceitando todas as exigências deste DNE. Inclusive, depositando no Banco Mercantil do Rio de Janeiro a importância de nove contos de réis (9.000$). Uma fábula para uma entidade educacional. Todavia, o Colégio Dom Lustosa foi equiparado ao Colégio Pedro II, em 1930.
No decorrer dos anos 30, 40, 50 e 60 as conquistas se acentuaram. Mormente, as intelectuais. Mais padres holandeses de renome educacional e religioso passariam, e passaram, pela escola. Como também professores brasileiros, patrocinenses principalmente, que se tornaram indeléveis páginas da História de Patrocínio e região.
Em 1960 na gestão de Padre Venâncio, a congregação, alegando dificuldade em manter o Dom Lustosa, como outras escolas, achou por bem encerrar estas atividades, para se dedicar, especificamente, aos seminários e às paróquias. Em 1961 o colégio foi entregue à comunidade, que o adquiriu e, provisoriamente, passou à supervisão do Sr. Bispo da Diocese de Patos de Minas, à qual pertencia a paróquia de Patrocínio, até que se encontrasse a solução definitiva, sem danos para os alunos.
Nesta época de transição, dirigiram o D. Lustosa os padres: José Antônio, Prof. Franklin Botelho, designados pelo Sr. Bispos.
Em 1963, pela lei 2875 de 25.09.1975, passou a ser escola pública, conservando a mesma denominação, mudada, posteriormente para Escola Estadual Dom Lustosa.
Em 1964, a 1º de março, iniciaram-se as aulas sendo designado Diretor Olímpio Garcia Brandão.
Em 1967, criou-se o 2º grau (atual ensino médio), com o curso científico, como preparação para os exames vestibulares.
Após o processo de estadualização a E.E. Dom Lustosa continuou a destacar-se pela qualidade do ensino, pela disciplina, pelos seus grêmios literários, pelo desempenho em competições esportivas, pela sua famosa banda marcial (uma das melhores do interior mineiro), professores de excelência e alunos brilhantes.
Foram diretores durante essa nova fase:
• Olímpio Garcia Brandão (1962 – 1966)
• José Eduardo Aquino Lara (1996 – 1972)
• José Hamilton Cipresso Cintra (17.03.1973 a 31.07.1973)
• Antônio de Queiroz Cardoso (01.08.1973 a 05.11.1973)
• Olga Barbosa (06.11.1973 a 04.06.1976)
• Julio Cesar Resende (1976 a 1979)
• Maria José Cruz Novaes (26.10.1979 a 24.12.1979)
• Lazaro Sebastião de Andrade (28.03.1980 a 24.03.1984)
• Inaura Guimarães Bernardes (1984 a 1988)
• Amir Nunes da Silva (1988 a 2000)
• Ilda Ferreira (2001 a 2006)
• Alvimar de Souza Costa (2007 a 2016)
• Marcos Antônio Rodrigues de Souza (2017 a junho de 2019)
• Alvimar de Souza Costa (julho 2019 a janeiro 2021)
• Wender Rodrigo Ferreira (2021, 2022)
Toda a comunidade patrocinense parabeniza a grande Escola Estadual Dom Lustosa pelos seus 96 anos!