Z•E•N
Em apenas nove meses, o número de incêndios em áreas de vegetação em Minas Gerais já é o maior nos últimos dez anos. Desde janeiro, 24.475 queimadas foram registradas pelo Corpo de Bombeiros.
As autoridades reforçam que a maioria dos focos tem origem criminosa ou relação com descuido. O tempo extremamente seco e a estiagem prolongada favorecem a propagação das chamas nas matas.
Antes de 2024, o recorde de incêndios florestais foi em 2021, com 24.336 ocorrências. Naquele ano, o território mineiro também enfrentou temperaturas acima da média histórica e escassez de chuva, contribuindo para uma vegetação mais seca.
Veja o número de incêndios em vegetações em Minas
2015 - 9.809
2016 - 12.182
2017 - 14.127
2018 - 10.810
2019 - 18.657
2020 - 20.741
2021 - 24.336
2022 - 19.351
2023 - 17.137
2024* - 24.475
*Até 18 de setembro
Características do relevo dificultam combate às chamas
Neste ano, agosto é disparado o mês com mais queimadas, com 6.102. Em setembro, até essa quarta-feira (18), já são 4.223 incêndios florestais.
O combate às chamas é feito por militares, brigadistas e voluntários.
O trabalho do grupo é dificultado pelo relevo mineiro, caracterizado por muitas montanhas e serras, com a formação de corredores de ventos.