CAFÉ RARO EXTRAÍDO DAS FEZES DO JACU ULTRAPASSA OS R$ 30 MIL POR SACA

CAFÉ RARO EXTRAÍDO DAS FEZES DO JACU ULTRAPASSA OS R$ 30 MIL POR SACA

By / Mais Notícias / Quarta, 20 Novembro 2024 10:23

Z•E•N

Com uma plumagem preta e porte médio, a ave jacuaçu, popularmente conhecida como jacu, nem sempre foi bem-vinda nas lavouras de café.

Isso porque ela se alimenta dos grãos maduros, atrapalhando o rendimento da colheita. No entanto, de ameaça, a ave tem se tornado uma aliada e responsável pela produção de um dos cafés mais caros do Brasil, o café do jacu.

No sítio Pico do Boné, no município de Araponga, em Minas Gerais, a presença do pássaro é constante e motivo de satisfação para a cafeicultora Kátia Belo Martins, pois sinaliza que já está na hora da colheita e também haverá uma boa quantidade de grãos do suave e exótico café do jacu.

Ela conta que a ave não era bem-vinda na propriedade, mas mudou de ideia após conhecer a importância do pássaro como dispersor de sementes, contribuindo para a regeneração florestal, e também sobre o alto valor dos grãos que são retirados das fezes dele.

A colheita dos grãos do café do jacu é feita manualmente e de forma cuidadosa, afinal é preciso procurar no chão onde estão as fezes da ave.

É dessas fezes, parecidas com o tradicional doce “pé de moleque”, que se retiram os valiosos grãos de café.

A comercialização, por enquanto, é feita apenas no país. O valor da saca (60kg) pode chegar a incríveis R$ 34 mil e o pacote de 150 gramas custa R$ 125.

O extensionista da Emater-MG, Regivaldo Moreira, ressalta a importância do pássaro para o setor cafeeiro.

“O jacu não é um vilão. Na verdade, ele é um aliado, pois não está comendo o café, mas sim processando e produzindo um produto de melhor qualidade”, afirma. 

( com informações do Canal Rural )

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ZÉ ELOI NETO

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