O discípulo visitou seu mestre e disse:
- Mestre, sou um trapalhão, não valho nada, não sirvo para nada. Que posso fazer para melhorar, e que as pessoas me valorizem?
Ao que o mestre lhe respondeu:
-No momento não posso te ajudar. Preciso antes vender este colar, e poderá me auxiliar vendendo-o. Depois poderei te ajudar.
O discípulo aceitou a missão, prestando atenção às determinações do mestre:
- Venda o colar pelo melhor preço que conseguires, pois tenho umas dívidas a pagar, mas não aceite menos que três moedas de ouro.
Apesar de a aparência do colar não ser atrativa, o discípulo, uma vez no mercado, tratou de vendê-lo.
Todos, no entanto, o gozavam quando mencionava a quantidade de moeda que pedia por aquele colar...
Mostrou-o a muita gente, que ria dele. A melhor oferta que conseguiu foi de três moedas, mas de prata. No entanto, ao recordar que o mestre lhe dissera que não poderia vender por menos de três moedas de ouro, rejeitou a oferta.
Depois de tentar vender o objeto e não conseguir, o discípulo, decepcionado, voltou ao mestre:
- Mestre, sinto muito, mas o máximo que me ofereceram pelo colar foram três moedas de prata. Creio que não posso enganar ninguém quanto ao seu verdadeiro valor.
O mestre escutou e o refutou:
-Certamente, primeiro você deve conhecer o verdadeiro valor da joia. Te peço que volte ao povoado e mostre o colar ao joalheiro. Pergunte-lhe seu verdadeiro valor, mas não o venda. Primeiro regresse aqui com o colar.
O joalheiro examinou o colar e disse ao discípulo:
- Diga ao teu mestre que posso dar sessenta moedas de ouro pelo colar, se é que ele tem tanta pressa em vendê-lo...
O discípulo correu entusiasmado ao seu mestre para informá-lo da quantidade de moedas que oferecia o joalheiro.
O mestre, sorrindo, ouviu o discípulo, e replicou:
- Você era como este colar: uma joia valiosa e única, só que desconhecia o seu verdadeiro valor. Somos nós mesmos quem devemos descobrir quanto valemos. Pretender que os outros o façam é um erro.
Dizendo isso, o mestre guardou o colar, enquanto o discípulo, feliz, o corpo erguido, um novo caminhar, se distanciava.
A reflexão é sobre isso mesmo.
Quanto valem os seus valores?
Com o que ou quem você se preocupa mais?
Com a sua verdadeira essência ou com o que os outros pensam a seu respeito?
O que você pensa quando se olha no espelho?
Você vê seu lado positivo ou seu lado negativo?
Você se compara com outros?
Você vê o que tem de diferente como qualidade ou defeito?
Você compara sua história de vida com de outras pessoas?
Você sabe que merece ser amada(o) e respeitada(o)?
Saber quais são seus valores pessoais podem te ajudar a guiar a sua vida, suas atitudes, te fazer entender porque seguir um caminho e não outro.
Autoconhecimento: a chave da felicidade.
A maior sabedoria reside precisamente na compreensão de nós mesmos.
A psicoterapia pode te ajudar a se conhecer e reforçar seus poderes.
Se permita.
“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses”. -Sócrates
Danilo Jaber Barbosa, Psicoterapeuta e Hipnoterapeuta Clínico à sua disposição.