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Vivendo uma realidade marcada por falta de vacinas, lentidão na aplicação de doses disponíveis, atrasos em entregas previstas dentro e fora do país e consequências da demora do governo federal em comprar imunizantes, cresce a expectativa de uma espera ainda maior do público abaixo dos 60 anos para se vacinar contra a Covid-19.

A previsão divulgada pelo Ministério da Saúde mudou 5 vezes em março, sempre reduzindo o número de doses a serem distribuídas e adiando cada vez mais entregas. 

Tudo isso faz com que autoridades do setor avaliem com ceticismo a evolução da vacinação neste primeiro semestre.

"Com o pé no chão, até o meio do ano você vai ter uma vacinação provavelmente de quem tem mais de 60 anos e provavelmente pode avançar um pouco mais na faixa dos 50 anos, incluindo também outros profissionais em risco. É isso que nós vamos ter até o meio do ano. Estamos falando de 40 ou 50 milhões de pessoas. E 100 milhões de doses de vacinas", afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, em entrevista ao jornal Valor Econômico em 4 de abril de 2021.

Um estudo recente da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) apontou que o Brasil precisa vacinar 2 milhões por dia para controlar a pandemia em até 1 ano. Especialistas apontam que o país teria capacidade para imunizar mais de 1 milhão de pessoas por dia, como fez na pandemia de H1N1 em 2009.

Em março, no entanto, a taxa de vacinação diária tem variado de 22 mil a 500 mil doses.

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