Em uma cidade interiorana havia um homem que não se irritava e não discutia com ninguém.
Sempre encontrava saída cordial, não feria a ninguém, nem se aborrecia com as pessoas.
Para testá-lo, um dia seus companheiros combinaram levá-lo à irritação e à discussão numa determinada noite em que o levariam a um jantar.
Trataram todos os detalhes com a garçonete que seria a responsável por atender a mesa reservada para a ocasião.
Assim que iniciou o jantar, como entrada foi servida uma saborosa sopa, da qual o homem gostava muito.
A garçonete chegou próximo a ele, pela esquerda, e ele, prontamente, levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa de servir.
Mas ela serviu todos os demais, e quando chegou a vez dele, foi para outra mesa.
Ele esperou calmamente e em silêncio, que ela voltasse.
Quando ela se aproximou outra vez, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez seu prato na direção da jovem, que novamente se distanciou, ignorando-o.
Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. Todos o observavam discretamente, para ver sua reação.
Educadamente ele chamou a garçonete, que se voltou, fingindo impaciência e lhe disse: o que o senhor deseja?
Ao que ele respondeu, naturalmente: a senhora não me serviu a sopa.
Novamente ela retrucou, para provocá-lo, desmentindo-o: servi sim senhor!
Ele olhou para ela, olhou para o prato vazio e limpo e ficou pensativo por alguns segundos...
Todos pensaram que ele iria brigar... Suspense e silêncio total.
Mas o homem surpreendeu a todos, ponderando tranquilamente: a senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!
Os amigos, frustrados por não conseguir fazê-lo discutir e se irritar com a moça, terminaram o jantar, convencidos de que nada mais faria com que aquele homem perdesse o equilíbrio emocional...
As pessoas reagem de maneira diferente a situações estressantes.
Com a pandemia completando mais de um ano, já vivemos uma epidemia paralela, que já dá indícios preocupantes: o aumento do sofrimento psicológico, dos sintomas psíquicos e dos transtornos mentais.
Quando se fala em saúde mental ainda há um tabu enorme, alguns pensam que a questão da saúde mental é para “doido ou maluco”, e dizem: “não preciso disso”, é “frescura”, é “desperdício de tempo”.
O adoecimento mental existe. Adoecer mentalmente não é de forma alguma um sinal de fraqueza, que você não é bom ou que é inferior aos outros.
Pelo contrário, demonstra que você foi forte, aguentou em quanto pode, mas que agora precisa de ajuda. Saúde mental é assunto para todas as pessoas sim.
Se sua mente não vai bem, ou seja, se você não cuida de sua saúde mental, das suas emoções, seu corpo sofre, pois aquilo que não é resolvido na mente o corpo acaba transformando em doenças físicas.
Isso é mais comum do que você imagina! Quantas pessoas têm sofrido constantemente com:
dores de cabeça, dores musculares, problemas estomacais, palpitações, nervosismo, insônia,
enjoo, falta de ar, sensação de aperto no peito, cansaço, tremores, tonteira, problemas de memória, falta de concentração,etc.
Ter saúde mental é estar bem consigo mesmo e com os outros. Aceitar as exigências da vida.
Pare por um minutinho e se pergunte:
Como está sua saúde mental e emocional nesse momento?
Se cuide.
Danilo Jaber Barbosa, Psicoterapeuta e Hipnoterapeuta Clínico á sua disposição.