“Contra os ataques é possível nos defendermos: contra o elogio não se pode fazer nada.”                                           

- Sigmund Freud

Numa cidade vivia um homem que todos diziam ser o protótipo da maldade.

Ele morava sozinho, não tinha amigos, não permitia que ninguém passasse em sua calçada, detestava animais, quando a bola dos garotos caía em seu quintal ele a furava, e por isso todo mundo dizia que quando ele morresse não haveria quatro pessoas para carregar seu caixão.

Na mesma cidade, vivia outro cidadão que tinha uma peculiaridade: gostava de acompanhar todos os enterros que ali ocorriam e no cemitério fazia questão de, antes do caixão descer ao túmulo, enaltecer as qualidades do falecido.

Um dia, nosso primeiro personagem, o homem ruim, morreu.

E na cidade onde de dizia que não haveria quatro homens para carregar seu caixão, o que aconteceu?

Foi o enterro mais concorrido de que já haviam tido notícia, não pelo morto, e sim por aquele nosso outro personagem que costumava fazer discursos elogiosos aos mortos.

Todos queriam ouvir as qualidades que ele tinha para enaltecer o morto.

A população compareceu em peso ao cemitério e na hora que o caixão desceu ao túmulo todos os olhos se voltaram para o homem que elogiava.

E ele disse: — Coitado, ele assobiava tão bem...

Fazer elogios é benéfico para quem faz e quem recebe.

É muito comum e natural criticarmos quando algo sai diferente do que esperávamos.

Ultimamente muito se tem falado sobre o poder que o pensamento positivo possui. Na verdade, o homem moderno está descobrindo o poder que ele mesmo possui.

Elogiar o outro é uma demonstração de querer demonstrar ao outro o seu valor e isso carrega uma positividade imensa.

Quem não gosta de receber elogios?

Todos nós necessitamos de reconhecimento e de nos sentirmos valorizados. Tanto para uma conquista ou esforço realizado, quanto por ser quem somos.

Entretanto, na correria do dia-a-dia acabamos nos esquecendo desse ato, seja em nossas relações mais íntimas, relacionamentos profissionais ou interações sociais.

Muitas vezes acreditamos que quando as coisas vão bem, elogiar se torna desnecessário. E isso não é verdade.

Se a linguagem nos faz humanos, e as palavras possuem grande força, devemos usá-las com sabedoria. E o elogio tem grande poder de transformação.

Então precisamos elogiar mais e criticar menos, pois o elogio sincero é saúde para a vida, pois ele produz leveza no viver.

Pense em quantos elogios sinceros você pode fazer para cada pessoa que cruzar a sua vida nesse final de semana.

Não é falar por falar.

Trata-se apenas de reconhecer o que a pessoa tem de bom.

Quem sabe você se anima a experimentar?

Claro que não é simples.

Danilo Jaber Barbosa, Psicoterapeuta e Hipnoterapeuta Clínico à sua disposição.