Z•E•N
Esqueça a lenda urbana de que em Patrocínio o prefeito que deixa o cargo ‘passa a faixa’ para o prefeito que assume o mandato.
A Lei Orgânica do município reza que o chefe do Executivo e seu vice serão empossados pelo presidente da Câmara eleito horas antes, durante a sessão solene de instalação da nova Legislatura.
A disputa está entre Níkolas Elias e Ricardo Balila, com possibilidade da participação do Pastor Alaércio.
Cabe salientar que o Poliesportivo Lucimeire Assis, o Ginásio do PTC, inaugurado em 1983 e com capacidade para 2.800 pessoas (segundo o Corpo de Bombeiros), é palco deste evento político solene desde 1986, quando a terra rangeliana voltou a eleger seu prefeito e vice pelo voto direto, secreto e popular.
Devido a pandemia da Covid-19, a tradição foi quebrada em 2020, quando Deiró e Bebé foram empossados em evento restrito no Auditório Geraldo Campos, na PMP.
A história mostra que apenas um prefeito derrotado participou desta cerimônia, Afrânio Amaral em janeiro de 1988. E não foi bem recebido…
Veja a sequência:
No dia 01/01/1986, o professor Lázaro Luiz Fernandes deu posse ao professor Afrânio Amaral e Carlos Ibrahim Daura;
No dia 01/01/1989, o então vereador Júlio Elias deu posse a Silas Brasileiro e dr. José Figueiredo;
No dia 01/01/1993, o médico pediatra José Rodrigues de Souza deu posse a Júlio César Elias Cardoso e Ildeu Pinheiro;
No dia 01/01/1997, João Batista de Oliveira, o João do Mané, deu posse a Roberto Queiroz do Nascimento (Betinho) e Eduardo Arantes;
No dia 01/01/2000, o advogado Joaquim Garcia Morato Filho deu posse: Roberto Queiroz do Nascimento e Lucas Siqueira;
01/01/2005, Alcides Dornelas dos Santos deu posse a Júlio Elias e Jorge Marra;
01/01/2009, Humberto Donizete Ferreira deu posse Lucas Siqueira e Fausto Amaral;
01/01/2013, Cássio Remis do Santos deu posse a Lucas Siqueira e Roberto Queiroz do Nascimento (Betinho);
01/01/2017, Thiago Oliveira Malagoli deu posse a Deiró Moreira Marra e Gustavo Brasileiro.
01/01/2020 Florisvaldo José de Souza (Valtinho) deu posse a Deiró Marra e Humberto Donizete Ferreira (Bebé).
Sucessão, um tabu
Outra curiosidade importante é que nestes 38 anos - de 1986 a 2024 -, 3 prefeitos conseguiram se reeleger (Betinho, Lucas e Deiró), mas nenhum deles conseguiu ‘fazer seu sucessor’.
Afrânio Amaral não conseguiu eleger dr Elias Abrão Neto; Silas perdeu apoiando Betinho; Júlio Elias foi derrotado com Carlos Ibrahim Daura; Betinho não conseguiu eleger Eduardo Arantes; Lucas Siqueira foi derrotado apoiando Greyce Elias e Deiró Marra não elegeu Wellington Mamazão.
Ao que parece, este é o único tabu político da terra rangeliana que ainda resta ser quebrado.
( Com a colaboração do historiador Marelizio Alves Cortes )