Z•E•N
Mesmo tendo eleito apenas 5 vereadores do seu grupo político (DC27 e Avante70), Gustavo Brasileiro conseguiu em 2 meses, através de articulações, algo inimaginável: formou um bloco de apoio com 14 dos 15 eleitos para esta Legislatura.
Como naquele estalar de dedos do vilão Thanos em 'Vingadores: Guerra Infinita', quase todos os vereadores eleitos pelo ‘grupo’ de Deiró Marra migraram para o lado de GB.
Até o momento do fechamento desta matéria, SÓ (só, somente só) Ricardo Balila AINDA se mantém independente na Casa de Leis.
Fenômenos desta natureza são comuns dentro do universo político municipal. Mas o que aconteceu assusta tanto pela quantidade quanto pela rapidez.
Em menos de 60 dias, Adriana de Paula, Pastor Alaércio, Leandro Caixeta, Raquel Rezende, Lizandra di Lara e Nélio Humberto se renderam aos encantos da nova gestão.
Na eleição da nova Mesa Diretora da Casa, foi a vez do prof Emerson, Paulinho Peúca e Túlio do Salitre dizerem ‘sim’ ao GGB.
Isso sem contar os candidatos a vereador que não foram reeleitos, como Natanael Diniz e Eliane Nunes, que ao que parece têm cargos garantidos no novo governo.
Entenda o processo
Analistas da política local explicam esta revoada migratória política como um fato comum e corriqueiro, principalmente em cidades de porte pequeno e médio, onde a grande maioria das lideranças derrotadas não tem estrutura financeira para bancar um núcleo oposicionista forte e atuante.
Cabe ao vereador, que sobrevive quase 100% graças ao atendimento popular, buscar guarida e auxílio junto ao governo eleito - tanto para se manter vivo até a próxima eleição quanto para abrigar correligionários importantes.
Por sua vez, o governo eleito vê com tranquilidade este tipo de movimentação, uma vez que precisa de apoio político substancioso no Legislativo para aprovação de projetos, o que garante a tal ‘governabilidade’.
Entretanto, no entanto, boa parte da população (leia-se os eleitores que apostaram na mudança) fica sem entender como funciona o sistema e se revolta, indo para as redes sociais demonstrar sua indignação diante desse clientelismo político.
Mas (como diria aquela canção do rei Roberto Carlos), ‘não fique triste, não se zangue/com o que eu vou falar/sinto demais, porém agora/tenho que lhe explicar’: amanhã (ou seja, na próxima eleição) se o poder novamente mudar de mãos, este mesmo processo voltará a se repetir.
E assim será por todos os séculos e séculos seculorum… Ad aeternum! Pois é assim que funciona o tal de 'jogo político'.